quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Música: as suas primeiras manifestações e o que ela representa na sociedade atual.

Arqueólogos indicam que as primeiras formas de expressão musical teriam sido feitas pelo homem primitivo, que utilizou tambores e flautas como instrumentos musicais. Não há como saber com exatidão como eram as músicas tocadas naquele período, provavelmente tocadas em rituais de nascimentos, morte, casamento, recuperação de doenças de fertilidade. 
A música da pré-história teria surgido da observação dos sons da natureza, da necessidade de comunicação e expressão. Os instrumentos eram criados com elementos da natureza e ossos de animais.
Com o desenvolvimento das sociedades, a música também teria passado a ser utilizada em louvor a líderes, como no antigo Egito e na Suméria. Nessas antigas civilizações, a música já era considerada como uma manifestação artística que provavelmente estava relacionada a política e à religião. Ainda na antiguidade, teria surgido o desenvolvimento da teoria musical.
Podemos notar na história egípcia um grande número de afrescos com representações de músicos, isso nos faz supor que a música era de grande importância para esta sociedade.
Na Grécia antiga, o ensino da música era obrigatório e há indícios de que já naquela época já havia orquestras musicais. Para eles a palavra música tinha um grande significado, era a arte das musas, divindades inspiradoras dos artistas.
O surgimento da escrita musical nasce no séc. V ao séc. VII, foi aperfeiçoado um sistema de neumas, isso mesmo, neumas. Uma forma de escrita que não definia a altura exata das notas, apenas dava uma ideia aproximada da melodia. Os neumas eram sinais colocados junto às palavras que tinham por objetivo ajudar a lembrar o contorno da melodia. Posteriormente passou-se a utilizar linhas, que ajudaram a estabelecer a relação de altura entre notas.
Guido D`Arezzo, monge benedito, mestre do coral numa igreja da Espanha, utilizou sílabas de um poema sacro em latim para dar nome às notas musicais.
O sistema tradicional, com cinco linhas paralelas utilizado até hoje, foi adotado apenas no séc. XVII.

O que é música?
A música é a arte de combinar os sons de forma agradável.

E o que é ser agradável?
O que é agradável para uma pessoa pode não ser para a outra, nem por isso a música em questão deixou de ser música. Varia de cultura para cultura. A música constitui-se numa sucessão de sons e silêncios organizados ao longo do tempo.

Houaiss (apud BRÉSCIA 2003, p. 25) conceitua a música como “[...] combinação harmoniosa e expressiva de sons e como a arte de se exprimir por meio de sons, seguindo regras variáveis conforme a época, a civilização etc.”

Segundo Nattiez (apud Hentschke e Del Bem, 2003, p. 179), “O som [...] é condição mínima, embora não suficiente, para que algo seja considerado música”.

E o silêncio?
O silêncio proporciona contraste, cria lacunas e pode ser protagonista de uma obra. É a intencionalidade do compositor que determina em que medida os elementos farão parte da composição.

E quais são as funções sociais da música?
- Expressão emocional
- Prazer estético
- Divertimento
- Comunicação
- Representação simbólica
- Reação física
- Impor conformidade às normas sociais
- Validação das instituições sociais e dos rituais religiosos
- Contribuição para a continuidade e estabilidade da cultura
- Contribuição para a integração da sociedade


Concluindo então, que a música é uma “linguagem universal”, ela possui significados culturais, assim, podemos considerar a música um fenômeno universal, pois ela adquire significados específicos para determinados grupos sociais.



segunda-feira, 14 de outubro de 2013

O ensino das Artes e o Multiculturalismo brasileiro

A arte brasileira é um complexo de relações multiculturais. De alguma forma ela demonstra as lutas de classes e etnias que aqui convivem. Muitos de nós acreditamos que a arte Européia é muito mais atraente e interessante que a arte indígena ou negra, com isso deixamos de aprender muitas coisas interessantes de determinadas culturas.
Os negros foram trazidos como escravos em navios negreiros por volta de 1532, no período em que Portugal colonizava o Brasil, isso durou mais ou menos uns 300 anos. O fim da escravidão brasileira foi com a Lei Áurea em 1888. Os portugueses já faziam da escravidão uma prática, eles mantinham seus escravos para trabalharem em seus canaviais. Decidiram então estender essa prática ao Brasil, trazendo seus escravos da Nigéria, gana e também da Angola. Os escravos faziam parte da maioria da população no Brasil, constituindo cerca de 40% do país e era a principal força de trabalho. Os motivos pelos quais os portugueses adotaram as práticas escravas foram muitas, primeiro eles tentaram com os índios, mas os índios além de não se adaptarem ao escravismo também houve muita guerra entre os portugueses e eles. Outro motivo pelo qual eles pegavam os negros como escravos, foi que a mão de obra era mais barata para os senhores e eles eram mais fortes, eles eram tratados de maneira desumana, tanto nos canaviais como nas minas de ouro. Mesmo com a imposição portuguesa de sua cultura e religião, os negros conseguiram se adaptar e não perderam sua identidade. Com a mistura do cristianismo, surgiram várias outras religiões como o Candomblé, o Vudo e a Umbanda.
Samba, influencia dos africanos. A culinária brasileira é uma mescla de Africanos, portugueses e índios. Capoeira – africanos. Vocabulário africano que influenciou no nosso: angu, banana, cachimbo, cafuné, banguela, caçula, cachaça, camundongo, dengo, Exú, fubá, jiló, miçanga, moleque, quitanda, entre outras. Os africanos ajudaram a formar a cultura brasileira, com sua culinária, dança, música, língua, etc. 
Deoscóredes Maximiliano dos Santos, artista plástico e sacerdote afro-brasileiro. Fui um escultor e escritor, mais conhecido como mestre Didi. Ele mistura em sua arte a cultura africana e a cultura que se forma no Brasil. Ele traz em sua arte a sua forma de ver a natureza, o homem e a religião. Suas experiências religiosas e sua luta por seu povo estão marcadas em sua obra. 





Esse tipo de artista é ótimo para trabalhar com crianças, pois podemos mostrar suas obras e seu cotidiano para ensina-las.  As culturas indígenas e africanas foram colocadas em segundo plano na escola e é importante que o ensino da arte promova a diversidade cultural, pois no Brasil a diversidade e vivemos em um contexto no qual a perspectiva eurocêntrica dos conteúdos escolares é muito grande. O multiculturalismo é evidente em nosso país e nós como brasileiros devemos conhecê-la!




terça-feira, 1 de outubro de 2013

Ecletismo no Brasil.

Com o fim do Império, o Ecletismo começa a se fazer presente no final do séc XIX, aqui no Brasil. Este gênero pode ser caracterizado por reunir elementos de outros estilos, como as linhas curvas do Barroco, as paredes lisas e ornadas pelo tênue dourado do rococó e as colunas e arcos romanos típicos do neoclassicismo.

No período colonial São Paulo era uma cidade pobre. Ela só começou a prosperar no final do séc XIX e a se equiparar com o Rio de Janeiro na arquitetura. Neste período os senhores donos dos cafés, buscam arquitetos para construírem suas casas seguindo o estilo europeu.

A influência francesa na arquitetura brasileira durou aproximadamente de 1816 até a segunda Guerra Mundial e se manifestou sob a forma de quatro estilos: o neoclássico, o eclético, o Art Déco ou Art Nouveau e o moderno. De acordo com Carlos Lemos, arquiteto e professor titular da USP, no Rio de Janeiro, essa influencia foi mais forte na época do império e em São Paulo começou a partir do estilo eclético (séc XIX), patrocinado principalmente pelos barões do café. Lemos afirma que essa inspiração trouxe para o Brasil muito mais que uma estética de fachada, mas um modo de morar à francesa, em que, pela primeira vez, as construções eram divididas em alas totalmente independentes – de dormir, de estar e de serviço. “Essa é, com certeza, a maior contribuição da arquitetura francesa ao Brasil. Conceito utilizado até hoje na maioria dos projetos”, afirma. (REVISTA FRANCESA-BRASIL)


Ecletismo pode ser simplesmente a liberdade de escolha sobre aquilo que se julga melhor, sem a apegação a uma determinada marca, estilo ou preconceito. Podemos perceber claramente os traços desse estilo artístico nos teatros municipais do Rio de Janeiro e São Paulo.

Teatro Municipal do Rio de Janeiro


Teatro Municipal de São Paulo