A arte brasileira é um complexo de relações multiculturais. De alguma forma ela demonstra as lutas de classes e etnias que aqui
convivem. Muitos de nós acreditamos que a arte Européia é muito mais atraente e
interessante que a arte indígena ou negra, com isso deixamos de aprender muitas
coisas interessantes de determinadas culturas.
Os negros foram trazidos como escravos em navios negreiros
por volta de 1532, no período em que Portugal colonizava o Brasil, isso durou
mais ou menos uns 300 anos. O fim da escravidão brasileira foi com a Lei Áurea
em 1888. Os portugueses já faziam da escravidão uma prática, eles mantinham
seus escravos para trabalharem em seus canaviais. Decidiram então estender essa
prática ao Brasil, trazendo seus escravos da Nigéria, gana e também da Angola. Os
escravos faziam parte da maioria da população no Brasil, constituindo cerca de
40% do país e era a principal força de trabalho. Os motivos pelos quais os
portugueses adotaram as práticas escravas foram muitas, primeiro eles tentaram
com os índios, mas os índios além de não se adaptarem ao escravismo também houve
muita guerra entre os portugueses e eles. Outro motivo pelo qual eles pegavam
os negros como escravos, foi que a mão de obra era mais barata para os senhores e eles
eram mais fortes, eles eram tratados de maneira desumana, tanto nos canaviais
como nas minas de ouro. Mesmo com a imposição portuguesa de sua cultura e
religião, os negros conseguiram se adaptar e não perderam sua identidade. Com a
mistura do cristianismo, surgiram várias outras religiões como o Candomblé, o
Vudo e a Umbanda.
Samba, influencia dos africanos. A culinária brasileira é
uma mescla de Africanos, portugueses e índios. Capoeira – africanos.
Vocabulário africano que influenciou no nosso: angu, banana, cachimbo, cafuné,
banguela, caçula, cachaça, camundongo, dengo, Exú, fubá, jiló, miçanga, moleque,
quitanda, entre outras. Os africanos ajudaram a formar a cultura brasileira,
com sua culinária, dança, música, língua, etc.
Deoscóredes Maximiliano dos Santos, artista plástico e sacerdote afro-brasileiro. Fui um escultor e escritor, mais conhecido como mestre Didi. Ele mistura em sua arte a cultura africana e a cultura que se forma no Brasil. Ele traz em sua arte a sua forma de ver a natureza, o homem e a religião. Suas experiências religiosas e sua luta por seu povo estão marcadas em sua obra.
Esse tipo de artista é ótimo para trabalhar com crianças, pois podemos mostrar suas obras e seu cotidiano para ensina-las. As culturas indígenas e africanas foram colocadas em segundo plano na escola e é importante que o ensino da arte promova a diversidade cultural, pois no Brasil a diversidade e vivemos em um contexto no qual a perspectiva eurocêntrica dos conteúdos escolares é muito grande. O multiculturalismo é evidente em nosso país e nós como brasileiros devemos conhecê-la!
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