Com o fim do Império, o Ecletismo começa a se fazer presente
no final do séc XIX, aqui no Brasil. Este gênero pode ser caracterizado por
reunir elementos de outros estilos, como as linhas curvas do Barroco, as
paredes lisas e ornadas pelo tênue dourado do rococó e as colunas e arcos
romanos típicos do neoclassicismo.
No período colonial São Paulo era uma cidade pobre. Ela só
começou a prosperar no final do séc XIX e a se equiparar com o Rio de Janeiro
na arquitetura. Neste período os senhores donos dos cafés, buscam arquitetos
para construírem suas casas seguindo o estilo europeu.
A influência francesa na arquitetura brasileira durou
aproximadamente de 1816 até a segunda Guerra Mundial e se manifestou sob a
forma de quatro estilos: o neoclássico, o eclético, o Art Déco ou Art Nouveau e
o moderno. De acordo com Carlos Lemos, arquiteto e professor titular da USP, no
Rio de Janeiro, essa influencia foi mais forte na época do império e em São
Paulo começou a partir do estilo eclético (séc XIX), patrocinado principalmente
pelos barões do café. Lemos afirma que essa inspiração trouxe para o Brasil
muito mais que uma estética de fachada, mas um modo de morar à francesa, em
que, pela primeira vez, as construções eram divididas em alas totalmente
independentes – de dormir, de estar e de serviço. “Essa é, com certeza, a maior
contribuição da arquitetura francesa ao Brasil. Conceito utilizado até hoje na
maioria dos projetos”, afirma. (REVISTA FRANCESA-BRASIL)
Ecletismo pode ser simplesmente a liberdade de escolha sobre aquilo que se julga melhor, sem a apegação a uma determinada marca, estilo ou preconceito. Podemos perceber claramente os traços desse estilo artístico
nos teatros municipais do Rio de Janeiro e São Paulo.
Teatro Municipal do Rio de Janeiro
Teatro Municipal de São Paulo
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