Arqueólogos indicam que as primeiras formas de expressão musical teriam sido feitas pelo homem primitivo, que utilizou tambores e
flautas como instrumentos musicais. Não há como saber com exatidão como eram as
músicas tocadas naquele período, provavelmente tocadas em rituais de
nascimentos, morte, casamento, recuperação de doenças de fertilidade.
A música
da pré-história teria surgido da observação dos sons da natureza, da necessidade
de comunicação e expressão. Os instrumentos eram criados com elementos da
natureza e ossos de animais.
Com o desenvolvimento das sociedades, a música também teria
passado a ser utilizada em louvor a líderes, como no antigo Egito e na Suméria.
Nessas antigas civilizações, a música já era considerada como uma manifestação artística
que provavelmente estava relacionada a política e à religião. Ainda na
antiguidade, teria surgido o desenvolvimento da teoria musical.
Podemos notar na história egípcia um grande número de afrescos
com representações de músicos, isso nos faz supor que a música era de grande importância
para esta sociedade.
Na Grécia antiga, o ensino da música era obrigatório e há
indícios de que já naquela época já havia orquestras musicais. Para eles a
palavra música tinha um grande significado, era a arte das musas, divindades
inspiradoras dos artistas.
O surgimento da escrita musical nasce no séc. V ao séc. VII, foi
aperfeiçoado um sistema de neumas, isso mesmo, neumas. Uma forma de escrita que
não definia a altura exata das notas, apenas dava uma ideia aproximada da
melodia. Os neumas eram sinais colocados junto às palavras que tinham por
objetivo ajudar a lembrar o contorno da melodia. Posteriormente passou-se a
utilizar linhas, que ajudaram a estabelecer a relação de altura entre notas.
Guido D`Arezzo, monge benedito, mestre do coral numa igreja da
Espanha, utilizou sílabas de um poema sacro em latim para dar nome às notas
musicais.
O sistema tradicional, com cinco linhas paralelas utilizado
até hoje, foi adotado apenas no séc. XVII.
O que é música?
A música é a arte de combinar os sons de forma agradável.
E o que é ser agradável?
O que é agradável para uma pessoa pode não ser para a outra,
nem por isso a música em questão deixou de ser música. Varia de cultura para
cultura. A música constitui-se numa sucessão de sons e silêncios organizados ao
longo do tempo.
Houaiss (apud BRÉSCIA 2003, p. 25) conceitua a música como “[...]
combinação harmoniosa e expressiva de sons e como a arte de se exprimir por
meio de sons, seguindo regras variáveis conforme a época, a civilização etc.”
Segundo Nattiez (apud Hentschke e Del Bem, 2003, p. 179), “O
som [...] é condição mínima, embora não suficiente, para que algo seja
considerado música”.
E o silêncio?
O silêncio proporciona contraste, cria lacunas e pode ser
protagonista de uma obra. É a intencionalidade do compositor que determina em
que medida os elementos farão parte da composição.
E quais são as funções sociais da música?
- Expressão emocional - Prazer estético
- Divertimento
- Comunicação
- Representação simbólica
- Reação física
- Impor conformidade às normas sociais
- Validação das instituições sociais e dos rituais religiosos
- Contribuição para a continuidade e estabilidade da cultura
- Contribuição para a integração da sociedade
Concluindo então, que a música é uma “linguagem universal”, ela possui significados culturais, assim, podemos considerar a música um fenômeno universal, pois ela adquire significados específicos para determinados grupos sociais.